quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Palhostock, a nossa história não pode morrer!




Houve o verão do Amor (1968), o da Lata (1988), mas o de 1974 teve um sabor especial para o rock catarinense. Uma ideia audaciosa, mas à altura de um fato histórico que até hoje reverbera entre as hostes roqueiras do Estado. OPalhostock, lendário festival ao ar livre que colocou a Palhoça no epicentro da contracultura no Brasil, naquele ano de 1974.
Algumas das bandas que participaram do Primeiro Palhostock:
Capuchon, Som Nosso de Cada Dia, A Comunidade e Sidharta, de Florianópolis, Mostarda, de Joinville e Bicho da Seda e Almôndegas, de Porto Alegre.

O que foi o Palhostock?
O Palhostock foi um festival de música no estilo Woodstock que ocorreu na Palhoça em outubro de 1974 e ganhou notoriedade diante de diversas conjunturas:
- A ousadia de 3 jovens que largam seus empregos, vendem seus bens para organizar o festival, que apesar do sucesso de público foi um fracasso comercial (a maior parte da plateia entrou sem pagar, pulando o muro ou atravessando a nado o rio que circundava o estádio Renato Silveira);
- Foi o pioneiro no Brasil em grandes festivais ao ar livre;
- O contexto político: como um festival que celebrava a paz e o amor ocorreu durante a ditadura militar? Com a surreal cena da Banda do Exército abrindo o festival dando uma volta olímpica seguida por milhares de hippies.
- A Palhoça era uma cidade pequena e não estava preparada para a invasão de pessoas de maneira que o estoque de comida da cidade logo esgotou, gerando diversas especulações de como tantas bocas foram saciadas.
- O choque de gerações: as pacatas ruas da Palhoça foram apresentadas à contracultura gerando confronto de opiniões.

9 comentários:

  1. Pow muito massa a radio que tu colocou nou teu blog rsrs como você costuma dizer.
    Curti intensamente ela.
    Abração

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  2. Interessante o Festival Palhostock, estou tentando escrever um trabalho para uma disciplina de história na Udesc. Onde posso encontrar material referente ao festival?
    Hélio Camilo

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  3. Olá Luciano!
    Aqui quem escreve é renato Turnes, da Vinil Filmes, Estamos produzindo uma série documentário pra RBS chamado Ilha 70. Tô procurando desesperadamente algum dos organizadores do Palhostock. Essa história tem que ser contada. Tens algum contato? Será que poderias me ajudar? Agradeceria imensamente tua colaboração. Meu email: renatoturnes@gmail.com

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  4. Grata surpresa, este site.
    Sou um eterno Capuchon, que fez a abertura dos dos dias de festival e solicito permissão para linkar este site no meu (www.capuchonproducoes.com)
    Parabéns pela iniciativa.

    Marcio Cesar - compositor, violão e vocais do Capuchon 70

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  5. Ah! Só para esclarecer. O Som Nosso de Cada Dia, apesar de convidado, não tocou. Por outro lado, não vejo citações sobre Eliana Taulois (nossa Rita Lee da época), que fez participação especial com o Capuchon, na abertura de sábado, quando o Capuchon tocou durante quase duas horas.
    Marcio Capuchon

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    1. O Márcio do Capuchon e da major Costa a banda arrasou

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  6. Pra não passar para a história dados incorretos, devido ao silêncio dos demais e mesmo não gostando de falar sobre mim... Digo que a ideia do Capuchon abrir o "Festival da Palhoça", foi minha! Estava colaborando com a realização do festival, armando uma tela de projeção e acompanhei parte da montagem dos equipamentos de som. Estava tudo em "ponto-de-bala" e porque não aproveitar, antes que microfones pudessem ser derrubados e fusíveis serem queimados. Assim, mesmo contra a vontade dos demais componentes do Capuchon, insisti na ideia! Saiu um ótimo som, com retorno (monitoração) maravilhoso, sábado a noite, ao contrário do domingo com vento Sul, que não foi tão bom. Registre-se isto! Foi... não foi?

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  7. Eu estive nesse festival sou de Porto Alegre tinha 13anos na época fomos de carona eu e dois amigos🤙

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  8. Meu nome é Pedro Paulo estive nesse festival e tô com 66 anos duas bandas que não foram citadas A Chave e o Movimento Parado do Paraná, arrasaram!

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